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As rádios comunitárias representam o lado frágil na injusta guerra ideológica, onde a media grande se dispunha do melhor arsenal com condições apropriadas à comunicação, e artilharia pesada donde se projeta à informação. Em excesso para confundir, subtraída para despistar e negada para impedir o confronto face a face.
Trabalhar, ou abordar o assunto representa, com inúmeras dificuldades, um ato necessário (e possível) de resistência ao império da mídia, que, paradoxalmente, afirma representar a sociedade. Pergunto: qual sociedade, a real ou a fictícia? Meios de comunicação de massa ou meios de comunicação para a massa?
Muitas perguntas perturbam a quem se propõe conhecer os bastidores da comunicação, a entender as relações sólidas entre o Estado e media e as representações fictícias destes com a sociedade. Promiscuidades que destinam instrumentos sociais e públicos - o rádio, por exemplo, poderia ser empregado à educação e ao melhoramento das relações humanas e democráticas - à instrumentalização privada da “guerra de um pensamento só”, que ao comando dos senhores da imprensa assumem o papel de assessoria, dando vez e voz a um seleto grupo social; a elite. Em função do jogo de interesses e da permanência na hegemonia blinda a esfera pública com a conivência do Estado, que ignora as vozes que ecoam na multidão.
As rádios comunitárias, participativas e populares são ferramentas que contrapõem a essa lógica e alimentam a luta pela mudança da postura do Estado e dos grandes meios frente à necessidade de uma outra comunicação democrática e participativa. Em que sejam pautadas “as verdades diante das verdades e as realidades às realidades concretas”, permitindo que a sociedade faça parte da narrativa de suas próprias histórias.
Na quebrada em 09.12.2007 às 14h26
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