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Uma comissão de mobilização, composta por doze membros da classe artística, foi criada nesta quarta-feira, 25, durante a reunião entre os Colegiados Setoriais e artistas de diversos segmentos. O encontro aconteceu no Espaço Xisto, nos Barris, e teve como objetivo criar uma representação coletiva focada nas ações de repúdio ao contingenciamento de verbas do governo do Estado na cultura. Os 63 participantes do evento aproveitaram a oportunidade para traçar as próximas ações do movimento.
A comissão de mobilização é formada por nomes conhecidos do cenário cultural. São eles: Gil Vicente (teatro), Juliana Ribeiro (música), Fernando Teixeira (música), Jorge Silva (dança) Caroline Assis (cinema), Gordo Neto (teatro), Emídio Bastos (artes visuais), Jorge Baptista Carrano (literatura), Valdeck Almeida (literatura), Carlos Betão (teatro), Damian Reis (circo) e Débora Medeiros, produtora e designer, representante do Fórum de Cultura da Bahia.
ENCONTROS – Uma nova reunião está agendada para a próxima quarta-feira, 02 de outubro, no auditório da Biblioteca dos Barris, às 9 horas. Na ocasião, será discutido quais os pontos principais a serem colocados na Sessão Ordinária que ocorrerá na sede do Conselho Estadual de Cultura, no Campo Grande, no dia 09 de outubro, às 14 horas.
Serão convidados para o debate representantes das secretarias da Cultura (SecultBA) e Fazenda (Sefaz), Assembleia Legislativa e do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversões do Estado da Bahia (Sated).
Para Damian Reis, que atua como palhaço e é um dos membros da nova comissão, a mobilização da categoria artística é importante porque revela o fortalecimento da voz da sociedade civil, que terá um poder de ação com a participação mais direta das representações. “Hoje não se percebe ainda um fortalecimento real só na representatividade, que é o caso dos colegiados setoriais. Tem que se avançar em ações mais concretas”, disse Reis.
Também foram discutidas questões sobre o repasse dos recursos do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA) e solicitações que serão feitas à SecultBA, a exemplo da relação dos projetos apoiados pelo FCBA desde 2005 e de projetos que assinaram o Termo de Acordo e Compromisso (TAC), mas ainda não receberam recursos.
De acordo com o presidente do Sated, Fernando Marinho, há mais de um ano o sindicato e o Conselho Estadual de Cultura solicitaram uma audiência com o presidente da Assembleia Legislativa para tratar sobre projetos culturais que estão parados há muito tempo, mas até hoje não houve respostas. Após ter sido lida uma parte do TAC, lançou-se como sugestão que o repasse dos recursos dos projetos fosse compulsório e imediato para o titular da conta corrente.
MOBILIZAÇÕES – Também se discutiu a manifestação que ocorreu no Teatro Castro Alves, no sábado, 21, antes da estreia da remontagem do balé A Sagração da Primavera. “Percebo um amadurecimento nas discussões da classe artística. Espero que exista continuidade dessas movimentações para ampliar a quantidade de pessoas envolvidas no processo”, disse Roberval Santos, músico e representante da Cooperarte (Cooperativa de Artes do Estado da Bahia).
Para a artista plástica Talitha Andrade, os encaminhamentos e a resposta do Conselho Estadual de Cultura são um sinal de que está acontecendo um aprofundamento em todas as instâncias. Ela defende que a categoria mantenha aceso o debate sobre o Projeto de Emenda Constitucional de número 150, a PEC – 150, que prevê investimento mínimo do orçamento federal para Cultura em 2%, além de estipular índices de investimento mínimo de 1,5% e 1% para os estados e municípios, respectivamente.
“Que a PEC-150 seja aprovada, para que a cultura tenha também uma pasta intocável, e que situações como essa não mais aconteça”, comenta.
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colegiados das artes | conselho de cultura da bahia | contingenciamento de verba | valdeck almeida de jesus
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Por: Eder Luis Santana
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Foto: Emídio Bastos
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Artistas baianos reclamam da falta de verba para a Cultura
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