Descrição
Minha menina
Ref: /Ei lau ela ei laia
Imagine eu e você juntinhos
Em uma noite de luar/
Minha menina linda flor do meu sertão
Bate forte o coração nos meus olhos a te olhar
Eu quero tanto poder viver o teu encanto
Eu e tu agarradinhos fulô de maracujá
Ref
Vem minha prenda você é meu sonho lindo
Estarei sempre sorrindo no dia de te amar
Eu te espero e cada dia mais te quero
Em um cavalo encantado nós seguimos a voar
Minha nação
Aprendi desde menino
A lutar pelo meu pão
Hoje cumpro o meu destino
Neste pedaço de chão
O meu solo é nordestino
Está é minha nação
Tanta discriminação
Com o pobre e trabalhador
Muitos que arrastam inchada
Neste solo produtor
E o mais bonito fruto
Vai pra mesa de um doutor
Sonhador tornei-me desde criança
E anseio a bonança pra minimizar a dor
Onde eu for vou levar minha bandeira
Seja em terra estrangeira
Nordestino sim sinhô
Foi bom
Foi bom poder te conhecer um dia
Eu quero novamente te encontrar
Foi bom Saborear tuas palavras
E poder abraçar teu corpo
Em uma noite de luar
Foi bom compartilhar nossos segredos
O medo ainda mora aqui em mim
Eu juro se um dia te encontrar
Prometo que vou te beijar
Sem preocupar com o teu sim
Na vida muitas veses nos sofremos
As palavras sem respostas
Vivemos a procurar
Nos dois somos a mão e a luva
Como a boca e a uva
Como as ondas e o mar
Pode esquecer
Pode esquecer
Que eu não te quero mais
Prefiro viver em paz
Bem distante de você
Até jurei ta vivendo um grande amor
Bonito como a flor
Um lindo amanhecer
A vida passa
Sempre a nós ensinar
Eu passei a enxergar
O que você sempre foi
Hoje me sinto
Assim como um passarinho
Que abandonou seu ninho
E voa livre pelo ar
E pelo céu
Vai quebrando as barreiras
E rompendo as fronteiras
Água cristalina
Você chegou em minha vida de repente
Me deixando tão carente
Dependente deste amor
Eu que voava
Pelo céu desta chapada
Era como uma jandaia
Ou que nem um beija flor
Vi minha vida transformando diferente
Quando vi em minha frente
Uma grande solidão
Hoje me sinto na carência tão sozinho
Dependendo de carinho to morrendo de paixão
Eu quero ter você menina
Água cristalina para nós banhar
Sentir o teu corpo molhado
Nós dois abraçados
Esperando o luar
Passarinho
Eu nasci em um ranchinho
Ali com muito carinho
Papai e mamãe me criou
Eu tive quatro irmãozinhos
A gente sempre foi pobre
Mas muito trabalhador
De repente fui crescendo
Em minha vida aprendendo
Com muita dedicação
Hoje eu canto pra o mundo
O meu forro nordestino
Está é minha missão
Na minha vida aprendi
A olhar o oprimido
O pobre e trabalhador
Cursei licenciatura
Agente sempre foi pobre
Mas muito trabalhador
Cursei licenciatura
Fiz o meu bacharelado
Hoje quero ser doutor
E na escola da vida
Sempre fui um estudante
E seguirei a cantar
E vivo sorrindo
Por que o dia é lindo
Não sei o que é chorar
Já era
Já era aquele sonho antigo de casar contigo
Melhor sermos somente amigos esquecer o amor
Cansei deste teu jeito violento
desasossego a todo momento
O tormento e a dor
Você já não me fala as belas palavras
Que antes eu gostava tanto de ouvir
Sou passarinho e estou preso na gaiola
Não tem remédio que consola
A tristeza de um bem ti vi
Pode ir e seguir o seu destino
Prefiro ficar sozinho
Como a noite e o luar
Sou uma ave da chapada diamantina
Cachoeira da fumaça que sempre vive a chorar
Te quero não
Você zombou do meu amor
Me humilhou e depois me jogou fora
E o meu coração chorou
Se machucou e da cidade foi embora
Por muitos anos trabalhei
E retornei novamente pra o sertão
Hoje você quer voltar
Mas eu não te quero não
Pode pegar o teu amor e me jogar no lixo
Fique sabendo que eu não sou bicho
Que você toca pra onde quiser
Eu encontrei
Um novo amor puro e verdadeiro
Que desabrocha o dia inteiro
Você pode amar a quem quiser
Felicidade pura
Nasci na povoação lá no pé de serra
Pelas bandas do nordeste onde me criei
Lá a vida era tão boa hoje o tempo me atordoa
Pois felicidade pura foi lá que encontrei
Minha mãe buscava água num tanque distante
Eu carregava no colo eu e meu irmão
E o meu pai viajava vinha trazendo boiada
Minha mula equipava por este sertão
Nossa vida sempre muda muito
Tem coisas impossíveis de apagar
Minha mãe querida eu te amo
Nesta canção venho a ti me declarar
As canções que escutava eu nunca me esqueço
Meu velho Luis Gonzaga o rei do baião
Os meus carrinhos de lata o meu cavalo de pau
Não saem do pensamento nem do coração
Sou juriti
Vou seguindo nas trilhas da chapada
Já não é madrugada o dia amanheceu
A viagem a galope numa mula baia
A mangaba e a uvaia já floresceram
Entre as pedras surgindo água cristalina
Vai matando a sede com minha canção
Vou raspar mandioca pra fazer farinha
Quando chega a noitinha
A lua alegra o meu coração
Sou menino que canta o pé de serra
E na mata sou juriti
A minha vida não tem guerra
Meu coração se deságua aqui
Coração bate a mil
A muito tempo querendo te ver
Por que você sumiu de lá de casa
Ai que saudade de ti meu bem querer
Meu coração está virando brasa
Minhas palavras não querem sair
E em meu corpo sinto um calafrio
Toda vez que eu te vejo
Sinto um forte desejo
O coração bate a mil
Por que você é tudo aquilo que eu esperava
E os meus olhos até lampejavam
Só em te ver passando por ai
Já me cansei
Ficar sorrindo no anonimato
Vou me tornar um pouco insensato
E lhe falar que sempre te amei
Moça bonita
Moça bonita tem pena deu,
Não faça isso com eu
Não deixe eu sofrendo assim
Me diga então o que assossedeu
Pois eu preciso de você
Aqui bem pertinho de mim
Moça bonita olha pra eu
Será que ocê nunca sofreu
Vivendo distante de alguém
Quando sentimos uma paixão
Bate bem forte o coração
É ruim viver sem um bem
Ei ia ia moça bonita vem me namorar
Retrato do sertão
Quando eu chego ao sertão
Bate forte o coração
Em ver meu povo tão bonito
Mulheres de pés no chão
Homens de alforje e gibão
O meu povo é esquecido
Ai me dói o coração
E eu faço uma oração
Para deus nos ajudar
E a chuva então caindo
E o meu povo sorrindo
Vendo o fruto germinar
Pego a minha viola
É tempo de ir embora
E eu preciso partir
Uma canção me consola
Pois a vida não demora
A sorte espera por mim
No folclore a beleza
Xote e baião é riqueza
Folias de santos reis
No samba e na bossa nova
No repente e na prosa
Meu povo tem sua vez
Ta vendo a nossa riqueza
Mas falta o pão na mesa
De muitos que estão aqui
Mas a cultura alimenta
O corpo e a alma sustentam
Fazendo o povo sorrir
Canal
Sistema de Origem
Iteia
Autor/a
Descrição
Ioia brandão é JS, Pai de Heitor e Giancarlo, poeta cantador
e ator da cidade de Seabra, ativista cultural da Chapada Diamantina, onde vive
e milita em causas sociais, é Assistente Social e estudante de Pedagogia na
Universidade Estadual da Bahia, publicou os livros Eu a praça e um Banquinho,
Nas mãos do povo, e os livros infantis O garoto e as estrelas, O garoto e as
Águas, e a lagarta mágica.
Coletivo
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