Miniatura
Descrição
Abri a porta do destino
E vi você à frente
Estendendo-me a mão
Olhei para trás
E vi saudade
Era você me tocando em frente..
E então caiu a noite
Feito um véu negro
Sobre o rosto do amor
À escuridão dos olhos
Me escondo atrás
Do brilho que a lágrima faz
O amor feito o tempo
Junto ao vento
Inquieto e tolo
Voa à toa sem destino
Às vezes sou o amor
Bem antes de ser eu
E quando venho querer ser
Já sou todo dor...
Sou ferida exposta
Que a brisa molha
Que o suor me arde
A que o punhal cortou
Às vezes não sou nada
E sou tão só
Às vezes sou tanta coisa
Que já nem sei quem sou...
Sou visto pelo tempo
Qual diamante não achado
Sem ter cor
Nem mais valia
A noite não afaga
Estrelas não me brilham
A lua se esconde
E o véu escuro cai
Sobre semblante
Pálido e tristonho
O amor é aquele chato
Aquele velho sábio
Que brinca
E que brinda
À derrota alheia
E tola das pessoas
Marionetes do tempo
Marionetes dos sonhos
Do amor brincalhão
Que zomba e repete tudo...
Tudo igual
Tão banal
Corriqueiro amor
E agente ainda cai
E fica tão fora de si
Já não me conheço
Já não tenho apreço
Nem por mim nem por ti
Seu velho!!!
Meu antigo amigo...
Já não sei se devo
Nem se quero mais
São tantos dias
Quantas noites
Seu velho...
Esqueça-me!!
Deixa-me só
E vá embora
Para além do além...
Do vão esquecimento
Mas deixe-me só
Por um instante
Vá meu velho amigo
E deixe-me errante
Leve contigo
A sua tropa de sentimentos
Aqueles quilos de dor
E os seus pingos de amor
Não deixe nada
Não deixe nada para trás
Suas toneladas de medo
Seus baldes de lágrimas
Os seus chicotes de desespero
As suas lâminas cortantes
E os seus punhais
Que me apunhalam o peito
Vá seu velho
Para nunca mais
Ou por um tempo
Vá e leve o tormento
Que já não agüento
Carregar o seu peso
Sentir o seu cheiro
E o seu gosto na boca...
O seu toque breve
Junto à brisa noturna
Tapeando o “tapa”
Pra última lua
Vá embora!!
E leve o tédio
Leve o resto do remédio
E deixe o “caco” o frasco vazio
Ora, velho!!
Já fui tu
Já fostes eu
E o que seria de mim sem ti???
Agora vá!!
Vá que já não choro
Já não imploro resto
Nem presto atenção ao chão
Não choro risos
Nem riu lágrimas
Não tenho cor para ser visto
Nem transpareço em nada...
Vá velho sábio do amor
E nada deixe
Leve-me tudo
Mas, me deixe em paz!!!
Canal
Sistema de Origem
Iteia
Autor/a
Descrição
ARTISTA: Nascido em Seabra-Bahia, centro da Chapada Diamantina aos 31/12/1980. Filho de pais simples, Estelina e Alfredo, guerreiros como todo e bom nordestino.
Compositor-Poeta, Ator, Autor de textos poéticos,teatrais,e de outras invenções...
Cantor quando se pode ser..
Amante desta mágica e alucinante paixão chamada "ARTE"..
Inspiro-me nas aventuras, nas noites, nos amanheceres, nos anoiteceres, nas madrugadas à sós... Nos amores inquietantes, que mesmo ao fingirem de mortos, vezes vém com os seus belos assombros...
Misturo o som com desespero, um pouco de dom com o meu tempero... Apelo em dó, se põe o sol, mas, sempre ganho um si... Faço juras de amor, Amolo as facas cegas da paixão... Eu suo frio em meu calor, e encho de vícios o meu tesão...
Sou esta mistura, de som e letra, papel e caneta, do regional com rock, do samba com blues...
Adoro novas possibilidades, hoje estou em SP, vim para estudar, e me projetar, quanto às minhas metas futuras...
Poder ajudar meus pais, minha família, e quem sabe poder mostrar um pouco mais do "Eu artista"..
Coletivo
tamanho
0
foto_credito
Tio Fonso