Miniatura
Descrição
Preparativos para os 30 anos de iniciação de Mãe Vanda
No dia 24 de dezembro de 1941, nascia, nesta cidade de Itabuna, a Filha de Oyá, Desdêmona Ferreira Dantas, nossa Mãe Vanda, a Yalorixá deste Terreiro. Casada há 48 anos e mãe biológica de seis filhos. Três desses se iniciaram no axé: Luiz Carlos Dantas (Babalaxé), Alana Dantas (Yakekerê) e Paulo Dantas (Ogã). Sua história é repleta de memória viva e ativa. Filha de Oyá com Omolu, Mãe Vanda sempre mostrou determinação naquilo que queria realizar. Foi iniciada no Axé no dia 22 de fevereiro de 1980, pelas mãos de Mãe Nair da Silva Oliveira, Kamungunzu de Odé. Fundou o Ilê Axé Oyá Funké no dia 22 de agosto de 1987, dando continuidade às suas obrigações. Anexo ao terreiro, fundou um Orfanato que abrigou mais de 500 crianças. Algumas adotadas no Brasil, outras no exterior. Outros, ainda, seguiram os passos de Mãe Vanda, iniciando-se no santo: Cristiane d’Oxossi (primeira Ekedji da casa, hoje residente em São Paulo), Gabriel Nunes e Adriano Lucas(ambos Ogãs e filhos de Ogum) e Débora Lourença de Yemanjá Ogunté (Ekedji). Hoje seus filhos aumentaram: os filhos do axé. Iniciados que se viram envolvidos pela simplicidade, simpatia e carisma de mãe. Sua saga continua: torna-se advogada, formando-se em Direito na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna – FESPI. Em seguida é aprovada em concurso público municipal, assumindo ao cargo de Procuradora Jurídica da Secretaria de Desenvolvimento Social. No ano de 1987 torna-se, Sócio - Fundadora da ACAI – Associação de Culto Afro Itabunense, onde responde, com afinco, a tudo que diz respeito à abertura de Casas de Candomblés, documentações etc. Mais um passo em sua trajetória: foi eleita Presidente das Baianas de Acarajé de Itabuna, respondendo pelos direitos ao resgate da tradição. Com ímpeto e firmeza, realiza o primeiro casamento religioso com efeito civil em seu Terreiro de Candomblé no interior da Bahia, ato que somente ocorria em determinadas religiões. Tal ato representa um histórico de valorização da nossa cultura afro – brasileira e da valorização do Candomblé enquanto religião constitucionalmente reconhecida enquanto tal. Com a garra dos ventos e das tempestades, Mãe Vanda é fundadora, no ano de 2009, do Ponto de Cultura – Itabuna, localizado dentro de um espaço de axé: ousadia de quem sempre sonhou e desejou o respeito. Alçando voos mais altos, adentra no universo das mulheres grapiúna, assumindo a posição de Conselheira do Direito da Mulher, fazendo valer a força que elas têm. É também Conselheira Municipal de Assistência Social e fundadora do conselho municipal de Promoção da Igualde Racial assumindo sua posição de ser humano que pensa no outro e em seus direitos. Sua presença em Cultos ecumênicos tornou-se corriqueira, enfatizando sua luta pelo social, sua garra enquanto mulher e seu desejo de crescer e de possibilitar os outros no mesmo caminhar. Assim, segue a grande história desta mulher, Yalorixá e advogada, que, neste ano de 2010 completará 30 anos de história no caminho do axé. Guerreira e desafiadora tal qual a Mãe que rege o seu Ori – Mãe Yansã – é assim que Mãe Vanda se mostra neste plano terreno, deixando sua mensagem de vida, fé, coragem e memória viva. Itabuna, 16 de Janeiro de 2010.
Sistema de Origem
Iteia
Autor/a
Descrição
Entidade filantrópica, sem fins lucrativos, voltada as comunidades de matriz afrodescendente. Fundada em 06 de abril de 1987, vem prestando atendimento à sacerdotes , pessoas ligadas aos terreiros e a cultura afro-brasileira. Buscando atravéz da fé e da arte mostrar que um terreiro de candomblé é muito mais que um lugar de batuque.
Nós somos a ACAI associação do culto afro-itabunense, uma entidade que funciona no interior da Bahia, a ACAI foi fundada há mais de duas décadas com a intenção de reunir sacerdotes, pessoas das comunidades dos terreiros de matriz africana, pessoas ligadas a cultura e tradição afro-descendente, em busca de formar um grupo solidário para tratar dos assuntos pertinentes a essa comunidade, informar essas pessoas quanto aos seus direitos e deveres como cidadão, manutenção das tradições, luta contra a intolerância religiosa, aulas de dança afro-religiosa, percussão afro com ritmos e toques sagrados incluídos, buscando uma melhor divulgação das religiões de matriz africana.Com o passar do tempo outras casas/terreiros/templos de cidades vizinhas vieram se associar conosco . Assim foi crescendo a necescidade de uma melhor organização e fomos buscar parcerias para tornar esse sonho possível, nesta busca nos deparamos com o edital dos pontos de cultura, concorremos e ganhamosHoje somos Pontos de Cultura.
subtitulo
Uma vida dedicada a fé, a comunidade e a família.
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Associação do Culto Afro Itabunense/projeto cultura em ação
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Taynara
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comunidade do Ilè ase Oya Funké
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